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Foto do escritorMarcelo Nunes

Amor não é... Violência








Vamos denunciar!

Vamos libertar-nos!

Vamos dizer basta!


Um insulto, um estalo, um pontapé não é amor.... é violência.


DENUNCIE !

Hoje trago-vos um dos temas mais polémicos e preocupantes da nossa sociedade, a violência doméstica.


Todos nós já ouvimos a desculpa do “bati com a cabeça na mesa”, “caí das escadas a baixo e estou toda marcada” ou até mesmo “Hoje não posso ir porque tenho uma coisa para fazer...”.


Tudo isto são frases conhecidas que são ditas e repetidas pelas vítimas de violência doméstica para tentar esconder uma situação que já se tornou impossível de omitir e que deve sensibilizar toda sociedade.


A violência doméstica como a conhecemos não atinge unicamente só as mulheres, atinge também idosos, crianças, pessoas dependentes, e temos por hábito acreditar que o homem é único agressor, o que acontece em certos casos é precisamente o inverso.


Mas hoje venho falar-vos da violência doméstica no feminino e no contexto de vida de casal e familiar, uma vertente que apresenta os números de vítimas mais preocupantes no nosso país.

Números esses que têm nome, cara, e que tinham e têm o direito de continuar a viver a sua vida de forma livre e sem ter que estar sempre a olhar por cima do ombro, à espera de um ataque iminente.


Entendemos por violência doméstica todo e qualquer ato que tenha como objetivo causar dor física, psicológica e que se utilize de certas fragilidades como as económicas, de forma direta ou indireta (manipulação emocional, enganos ou até mesmo ameaças).


Ser vítima de um crime de violência doméstica é uma experiência extremamente dolorosa física e psicologicamente e pode, eventualmente, deixar sequelas para a vida, a nível de autoestima, a nível físico, e até mesmo algum trauma.


Quem é vítima deste crime hediondo na maioria das vezes não sabe como agir e quais são as medidas mais indicadas a tomar, e é aí que nós enquanto indivíduos e cidadãos responsáveis entramos, porque cada um de nós infelizmente conhece pelo menos um caso de violência doméstica, e na maioria são casos não denunciados, e é precisamente para isso que organizações como a APAV existem, para que de uma forma presente possa ouvir e apoiar a vitima e a sua família e amigos sem qualquer custo.


As vítimas de violência doméstica acreditam que o agressor poderá por ventura mudar, e que as agressões fazem parte de uma má fase na vida de casal, e acabam por não o denunciar porque muitas vezes a vítima é manipulada de forma a ser totalmente dependente do agressor, principalmente a nível financeiro que muitas vezes é uma das causas preponderantes da violência doméstica, ou então simplesmente não tem a coragem de o denuncia porque o medo fala mais alto.


Estamos a viver uma situação muito complicada devido à pandemia COVID-19, em que certamente muitas das vítimas de violência doméstica têm de estar em quarentena com os seus agressores, 24 horas sobre 24.

Se vir alguma situação menos normal da janela de sua casa, avise as autoridades de imediato, pois a vítima poderá eventualmente não o fazer pois está sob o domínio do agressor.


Na minha opinião, e como a violência doméstica já é felizmente considerada um crime público, nós vizinhos, amigos, familiares, conhecidos, devemos denunciar de imediato estas situações à polícia de forma que a haja uma intervenção imediata neste tipo de situações.

Por mais que o agressor negue, a vítima de violência doméstica tem sim os seus direitos e esses direitos devem ser exercidos, a vítima tem direitos judiciais, sociais e psicológicos.


A vítima e a sua família devem ser protegidas a todo o custo do agressor numa Casa de Abrigo que é judicialmente interdita ao agressor, e onde receberão todo e qualquer tipo de apoio que seja necessitado.


Cabe a todos nós enquanto cidadãos responsáveis e com sentido cívico denunciar um dos crimes que mais taxa de mortalidade tem no nosso país. Todos os anos o número de mulheres assassinadas em contexto familiar aumenta, mas nós podemos ajudar a decidir o futuro de muitas mulheres ao denunciar os seus agressores.


A APAV tem várias formas de ser contactada:

 Linha de Apoio à Vítima: 116 006 (chamada gratuita)

Gabinete de Apoio à Vítima da APAV 


"nenhuma violação de direitos autorais pretendida".

Paulo Pinto/ AGPT/ Fotos Públicas)

(imagem diárioonline Região Sul)




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